Queimadas: entendendo um risco em crescimento

Riscos e resiliênciaArtigo26 de setembro de 2024

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As queimadas têm se tornado uma preocupação crescente no cenário global, e o Brasil é um dos países mais afetados. Com as mudanças climáticas, a frequência e a intensidade desses incêndios estão aumentando, e áreas que antes eram consideradas seguras agora estão em risco. Diante desse cenário, é crucial que proprietários rurais, empresas, entidades públicas , comunidades e indivíduos estejam prontos para essa nova realidade, com estratégias para prevenir, responder e, principalmente, se recuperar dos impactos.

O Brasil atravessa um momento particularmente delicado em relação às queimadas,  entre janeiro e agosto de 2024 foram queimados 11 milhões de hectares, segundo revelou o relatório do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), com cerca de 49% desse total , uma área é quase do tamanho do estado da Paraíba , foi consumida pelas chamas apenas no mês de agosto. Nesse mesmo período, a área queimada em grandes propriedades rurais do país somou 2,8 milhões de hectares, 163% a mais que em 2023, terras indígenas também sofreram com o fogo, totalizando 3 milhões de hectares queimados, um acréscimo de 80% na mesma comparação. Já as reservas florestais e unidades de conservação viram uma alta de 116%, com mais de 1,1 milhão de hectares afetados.

Os estados mais afetados incluem São Paulo, Pará, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), aproximadamente 10 milhões de pessoas foram impactadas diretamente pelas queimadas.

Além dos danos imediatos provocados pelas queimadas, há um efeito colateral alarmante: o aumento da vulnerabilidade das áreas afetadas a desastres naturais, como inundações e deslizamentos de terra. A vegetação, essencial para absorver o excesso de chuva, é destruída, deixando o solo exposto e aumentando significativamente o risco desses desastres.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alerta que o aquecimento global contribuirá com a frequência e severidade dos incêndios florestais. Com temperaturas mais altas, a umidade do solo e da vegetação diminui, criando condições ideais para a propagação rápida do fogo. Quando somados a ventos fortes, esses incêndios podem se alastrar com uma rapidez impressionante, causando estragos ainda maiores.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) prevê que, até 2050, o número de incêndios florestais aumentará em 30%, podendo chegar a 50% até o fim do século. Regiões que historicamente estavam livres desse risco, como o Ártico, também estão se tornando vulneráveis.

Tiago Santana, Superintendente da área de Engenharia de Riscos da Zurich Seguros, ressalta essa preocupação: “Nos últimos anos, temos testemunhado um aumento tanto na quantidade quanto na intensidade e destrutividade das queimadas. As temporadas de incêndios florestais estão começando mais cedo e se estendendo por mais tempo, afetando áreas que antes eram consideradas seguras. Diante desse cenário alarmante, é crucial que empresas, comunidades e indivíduos se preparem para lidar com essa ameaça.”

Como os incêndios florestais são causados?

Os incêndios florestais podem surgir de forma natural em várias partes do mundo, mas a atividade humana é responsável por cerca de 84% dos casos nos Estados Unidos. As causas relacionadas ao ser humano incluem fogueiras descontroladas, bitucas de cigarro descartadas, linhas de energia caídas e incêndios criminosos. Além disso, práticas como queimadas controladas, usadas para reduzir o risco de incêndios descontrolados, podem, às vezes, sair do controle.

Tipos de Incêndios Florestais

Os incêndios florestais podem ser classificados em três principais categorias:

  1. Incêndios de superfície: esses incêndios queimam vegetação seca, como grama, folhas e galhos caídos. Eles podem se espalhar rapidamente e atingir grandes proporções.
  2. Incêndios de copa: ocorrem na camada superior das árvores e são considerados os mais perigosos e difíceis de controlar, devido à sua intensidade, que representa uma ameaça significativa.
  3. Incêndios subterrâneos: esses incêndios se alimentam de material orgânico abaixo do solo, como raízes de plantas, e podem persistir por longos períodos, frequentemente reacendendo.

Como podemos ajudar você a se preparar e responder

A preparação e a resposta rápida são fundamentais. Entidades rurais ou florestais, empresas e órgãos públicos que esteja expostos em áreas de queimadas ou que estejam próximas a essas áreas de riscos precisam desenvolver planos de ação, investindo em práticas de prevenção, como a manutenção adequada da vegetação ao redor de suas propriedades e a conscientização sobre os riscos das atividades humanas que pode desencadear incêndios. Além disso, é importante conhecer os protocolos de evacuação e recuperação após o impacto.

A Zurich possui diversos serviços disponibilizados através da Zurich Resilience Solutions, que podem ajudá-los através de metodologias avançadas para análise e prevenção de riscos, garantindo uma resposta rápida e eficiente. Nossa abordagem baseada em dados permite avaliar os riscos e desenvolver um plano de ação em três etapas:

  1. Preparação: Criamos planos personalizados para preparar sua empresa antes de qualquer risco.
  2. Combate: Definimos estratégias rápidas para agir durante um incêndio, priorizando a segurança. Vide abaixo nosso infografo sobre as principais etapas de combate a incêndios.
  3. Recuperação: Auxiliamos na retomada das operações e no cálculo de impactos financeiros e operacionais, minimizando prejuízos.

Nosso time global, composto por mais de 850 engenheiros de riscos, está pronto para oferecer soluções adaptadas às necessidades de cada cliente, garantindo resiliência diante de desastres naturais.

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