Acelerando a Transição Climática: Pensamento a longo prazo para ação de curto prazo
Riscos e resiliênciaArtigo2 de outubro de 2023
A transição para emissões net zero é um desafio particularmente complexo que exigirá investimentos significativos, soluções inovadoras e iniciativas ousadas para ter sucesso
Que progressos foram feitos até agora? O que ajudaria a acelerar ainda mais o progresso? E onde a ação política seria mais útil? No nosso novo artigo, Acelerando a Transição Climática, abordamos essas questões por meio de insights da Pesquisa de Executivos de Sustentabilidade, juntamente com pesquisas documentais e consultas com especialistas.
O documento esclarece a forma como as empresas estão abordando esta transição e aponta os desafios e oportunidades comuns – ou seja, áreas onde a ação concreta a curto prazo proporcionará maiores benefícios. Também conecta as informações da pesquisa aos debates mais amplos que atualmente moldam a política climática e examina como nós, como seguradora, podemos ajudar os nossos clientes – tanto nos setores públicos como privados – a acelerar a transição para emissão net zero.
As empresas já estão tomando medidas na transição
No geral, nossa pesquisa concluiu que 77% dos participantes já têm um plano de transição em vigor, sendo os setores com melhor desempenho o financeiro (88%) e o energético (85%). As indústrias pesadas, de bens de consumo e agrícolas não ficam muito atrás, com pouco menos de 80%.
As empresas pesquisadas em todo o mundo estão começando a cumprir a transição para emissões net zero, com os avanços tecnológicos como a principal alavanca de entrega. Os conselhos de administração e os investidores são vistos como os influenciadores mais importantes para a transição.
Mas existem desafios comuns entre setores e regiões
A barreira mais importante ao desenvolvimento de um plano de emissões net zero – mencionada por 50% das empresas pesquisadas – são os custos e a escala das despesas de capital. Alcançar a transição para emissões net zero até 2050 exigirá uma realocação de capital sem precedentes – um investimento estimado em 275 trilhões de dólares em ativos físicos. Mas nem o setor público nem o setor privado podem suportar sozinhos os custos da transição.
A falta de soluções tecnológicas viáveis e escaláveis surge como o segundo desafio principal para as empresas na sua transição climática. Espera-se que a expansão das tecnologias existentes, como as energias renováveis, impulsione as reduções de emissões até 2030. Acelerar o desenvolvimento e a implantação de novas tecnologias será fundamental nas próximas décadas.
Isto exige um canal de inovação que necessita de uma colaboração mais profunda entre líderes empresariais, governos e instituições de investigação, bem como de financiamento a longo prazo para programas que podem levar anos a dar frutos.
Por fim, 44% das empresas participantes levantaram a questão dos desafios regulamentares. A falta de normas e metodologias claras e de certeza política foi vista como um desafio fundamental na transição para emissões net zero. A defesa das políticas públicas desempenha um papel fundamental na eliminação das barreiras à transição (ou seja, no incentivo ao investimento na inovação).
A resiliência e a adaptação são fundamentais para o sucesso da transição
O documento também mostra a importância de abordar a prevenção ao mesmo tempo que a transição. Sem a capacidade de garantir a resiliência, a transição não acontecerá. Paralelamente, existe um desejo significativo por conhecimentos de risco e aconselhamento sobre como gerir os riscos climáticos físicos, operacionais e de transição, e é aqui que o setor segurador tem um papel a desempenhar.
A pesquisa mostra que a construção de resiliência é uma preocupação legítima na transição. Em particular, empresas de todos os setores indicaram preocupação com os riscos da cadeia de abastecimento à medida que navegam na transição para o carbono zero.
Concluindo...
Em resumo, o documento indica que as empresas de todos os setores e de todo o mundo estão comprometidas com a neutralidade de carbono e já estão avançando com a concretização da transição. Mas não há espaço para complacência, uma vez que as emissões de gases do efeito de estufa continuam a ultrapassar uma trajetória net zero.
Saiba mais em nosso relatório recém-lançado.
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