Leaders with Lacqua Goes Green: Fabien Cousteau

Riscos e resiliênciaVídeo15 de dezembro de 2022

Como neto do lendário aquanauta Jacques Cousteau, Fabien Cousteau nasceu vivendo no mar, ele desenvolveu um profundo amor pelo oceano, e o desejo de protegê-lo. Assista ao episódio mais recente de Leaders with Lacqua Goes Green, patrocinado pelo Grupo Zurich

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Quando você cresce no convés do Calypso, a defesa do oceano está em seu DNA. De acordo com seu site, Fabien Cousteau sabe o quão poderoso pode ser uma conexão pessoal com o oceano e é por isso que ele está empenhado em fornecer às comunidades o oceano sem intervenção ou intermediário. Seja ao liberar tartarugas marinhas bebê ou mergulhar em um submarino em forma de tubarão, as aventuras com Fabien inspiram uma paixão eterna em proteger o oceano.

“Os jovens são cruciais para a saúde de nosso oceano. Assim como meu avô Jacques-Yves Cousteau inspirou uma geração de defensores do oceano, agora devemos passar essa paixão pelo nosso oceano para a próxima geração”.

Aproveitando as oportunidades de hoje para fazer deste planeta um lugar melhor

Fabien Cousteau utilizou seus estudos em economia ambiental como uma ferramenta para explorar o reino submarino. ‘E é o lugar pelo qual ele se sente mais em casa, é o lugar pelo qual ele se sente mais curioso e que em muitos aspectos, ele sente um maior senso de responsabilidade e urgência em relação a ele”. – disse ele à Francine Lacqua durante sua recente entrevista em Lacqua Goes Green.

O que a entrevista revelou é o senso de urgência e alerta sobre a fragilidade da palavra oceano. É de conhecimento geral que a superfície do oceano cobre 70% do planeta – dando-nos alimentos, empregos e oxigênio – ainda assim, a maioria das pessoas não percebe que apenas 3% dela está protegida.

A vida na Terra, incluindo nossa própria sobrevivência, na verdade, depende de um oceano saudável e vibrante

A frustração que emerge para uma terceira geração de exploradores oceânicos se concentra na falta de conscientização geral da sociedade. Aumentar a conscientização é um problema compartilhado como outros ambientalistas como Sebastião Salgado e Jane Goodall afirmaram durante eventos recentes como o Zurich Talks, uma série de eventos digitais produzida pelo Grupo Zurich. Agora, mais do que nunca, precisamos intensificar a conscientização sobre como as florestas e os oceanos são integrais não apenas para nosso bem-estar, mas para nossa existência – os dois são partes cruciais de nosso sistema de suporte de vida. No caso do oceano, sua beleza e fragilidade são muitas vezes dadas como certas, em parte devido a seu mistério e por não sabermos o suficiente sobre ele para protegê-lo.

Na entrevista ao Leaders with Lacqua, Cousteau enfatiza a necessidade de aprender mais sobre o oceano, sobre nós mesmos e sobre nossa interconectividade com ele. Ele defende que nós exploramos apenas cinco, seis por cento do nosso oceano até hoje em qualquer nível. E embora haja algumas explorações acontecendo agora abrangendo 30% do fundo do oceano, ainda não sabemos o que acontece lá embaixo e, além disso, não sabemos realmente como ele pode afetar nossas vidas. Ele continua: “Mas o que sabemos é que, o que acontece com o oceano acontece conosco e com nossa viabilidade futura como espécie neste planeta. Portanto, temos que ser muito mais conscientes e conectados com nossos oceanos”.

Por que o oceano está em tal declínio?

Cousteau explica que as questões relacionadas à mudança climática se escalonam em questões relacionadas à acidificação. E as questões relacionadas à acidificação afetam qualquer coisa que contenha estruturas de carbonato de cálcio, como recifes de corais, mariscos, as coisas que adoramos comer. “Tem a ver com a poluição”, diz ele, “tanto com o que vemos, plásticos, e com o que não vemos como escoamentos de fertilizantes e produtos químicos e despejo desenfreado por todo o lado”. Há um sentimento geral sobre o consumo excessivo dos recursos naturais. Semelhante ao impacto que a extração abusiva da madeira tem sobre as florestas, a sobrepesca tem sobre o oceano. Cousteau lembra que as práticas modernas de pesca desde os anos 50 resultaram na perda de quase 60% dos estoques de peixes selvagens do nosso mundo.

“Estamos nos encaminhando à falência do meio ambiente. E isso é um problema real, algo real a ser considerado para o nosso futuro”.

Devemos nos esforçar para melhorarmos a cada dia

Apesar das graves preocupações, Cousteau também está esperançoso de que a intensificação da conscientização traga consigo a oportunidade de inovações. Muitos concordam com a opinião de Cousteau de que temos as inovações tecnológicas necessárias e a capacidade intelectual para dar os passos necessários para encontrar novas e diferentes abordagens de preservação dos oceanos. Mas estar em uma relação mais simbiótica com nosso sistema de suporte de vida requer uma vontade forte e coletiva. Segundo ele, “isso não é só de nossa responsabilidade, como consumidores, como indivíduos, que somos os decidem, mas também das empresas e dos governos que precisam criar regulamentações para que possamos fazer isso. Alguns se sacrificarão, algumas mudanças se realizarão, alguns benefícios acontecerão, mas temos que conseguir dar esses primeiros passos”. Cousteau acredita que se a vontade do povo em todo o mundo for forte, “nós, seres humanos, podemos fazer milagres se nos dedicarmos a isso”. O que é mais claro para ele é que nós perderemos se não começarmos agora.

No sexto episódio do Leaders with Lacqua Goes Green, patrocinado pela Zurich, Francine Lacqua da Bloomberg fala com Fabien Cousteau sobre sua missão de salvar os mares. (Fonte: Bloomberg).